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Desmontar times dedicados e estáveis: a falsa economia que destrói resultados a longo prazo
Carlos Felippe Cardoso
| 10 de setembro de 2025
Você já se perguntou quanto custa, de verdade, desmontar um time dedicado e estável?
Ciclicamente, as empresas enfrentam tempos de orçamento apertado.
A reação quase automática de muitos líderes é cortar custos visíveis. E, nesse movimento, uma decisão tem se repetido:
Desmontar times dedicados para voltar ao modelo de projetos, compartilhando pessoas e recursos em excesso.
Na teoria, parece eficiente. Na prática, é um tiro no pé.
1️⃣ A falsa economia
Quando líderes espalham o mesmo profissional em três ou quatro iniciativas diferentes, a sensação é de otimização. Afinal, você “gastou menos” com equipe fixa.
Só que o custo invisível explode: context switch, perda de foco, retrabalho e atrasos. O barato sai caro. E isso vai aparecer, cedo ou tarde, no seu time to market (que talvez você nem esteja acompanhando).
2️⃣ O impacto nas entregas
Times multidisciplinares dedicados de produto, serviço ou plataforma (negócio + operações + TI) aprendem juntos, constroem cadências, desenvolvem confiança e acumulam conhecimento sobre o domínio do negócio.
Quando você desmonta esse ativo, não perde apenas velocidade. Perde a gestão de conhecimento, qualidade, consistência e inovação.
Projetos até podem ser iniciados mais rapidamente, mas terminam mais devagar e com menos impacto.
3️⃣ Orçamento não é só custo. É investimento.
Em tempos difíceis, o papel da liderança não é cortar de forma cega, mas proteger os mecanismos que sustentam os resultados a longo prazo.
Times dedicados são um desses mecanismos. Reduzir o fluxo para eles é como fechar o registro de água e esperar que a planta continue crescendo.
4️⃣ O que fazer em vez disso?
Redefina prioridades, mas mantenha os times dedicados conectados a elas.
Talvez você não tenha orçamento para manter todos os times atuais, e isso faz parte. Mas lembre-se que o “átomo” de uma organização é uma equipe, não uma pessoa. Procure manter esse átomo indivisível.
Ajuste o escopo, não desmonte o time.
Traga clareza: em tempos de escassez, aposte em menos iniciativas, com melhor execução e com foco claro no resultado desejado.
Orçamento apertado exige disciplina, não improviso.
Desfazer times dedicados pode até aliviar a planilha no curto prazo, mas destrói o motor que gera resultados no médio e longo prazo.
Em vez de voltar ao passado, líderes que entendem de verdade a relação entre orçamento e impacto protegem suas estruturas estáveis. E, com isso, garantem que cada real investido se transforme em resultado e não em confusão.
E você? Vai optar pela falsa economia dos projetos fragmentados ou pela consistência dos times dedicados?
E lembrando, se você precisar de ajuda na criação, alocação ou desenvolvimento de times dedicados na sua organização, nós podemos te ajudar através da Nower e wBrain. Vem conversar com a gente!
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Carlos Felippe Cardoso
Co-founder & CEO da Nower e K21. Autor do Leadership Club. Palestrante nos maiores eventos de Agilidade e Product Management do Brasil e da Europa, tem mais de 15 anos de experiência em Transformação Digital e Liderança, especialmente no C-Level. Já ajudou a transformar empresas como UOL, PagBank, Itaú, C&A e Banco Carrefour.
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