Como sair do Triângulo do Drama? Conheça o Triângulo do Criador

|9 de abril de 2025|

Já se pegou pensando “Por que isso sempre acontece comigo?” depois de um projeto que deu errado? Ou talvez tenha se flagrado apontando o dedo para sua equipe após um lançamento malsucedido? Quem sabe você é aquela pessoa que sempre “salva o dia”, resolvendo problemas que nem eram seus para começar?

Diante de um fracasso ou situação difícil é comum que a gente assuma uma dessas posturas: sentir-se impotente e injustiçado, atribuir culpa a si mesmo ou aos outros, ou então intervir drasticamente para salvar o dia.

Se você se viu em alguma dessas situações, calma! É mais comum e fácil de acontecer do que você pensa. Na verdade, o problema é se você estiver preso no que chamamos de Triângulo do Drama, uma dinâmica que afeta muitos de nós, especialmente em posições de liderança.

Triângulo do Drama (criado por Stephen Karpman) descreve três arquétipos nos quais as pessoas frequentemente se enquadram quando enfrentam conflitos ou estresse: Vítima, Vilão ou Herói. É crucial entendermos que cada arquétipo é reativo e inconsciente – não fazemos isso de propósito. No entanto, esse padrão cria um ciclo que mantém equipes e líderes presos no drama, em vez de avançar.

Detalhando um pouco mais os três:

A imagem representa o "Triângulo do Drama", um conceito comum em dinâmicas interpessoais. Ela é composta por três vértices representados por ilustrações: No topo esquerdo: Um vilão caricatural com chapéu e expressão maliciosa. No topo direito: Uma heroína com capa e expressão confiante, mostrando determinação. Na base inferior: Uma vítima com expressão de medo e surpresa. No centro do triângulo, há um texto que diz "TRIÂNGULO DO DRAMA", escrito em preto sobre um fundo laranja. As bordas do triângulo são marcadas por linhas pretas. A disposição das figuras reflete os papéis típicos nesse modelo: o vilão, a heroína (ou salvador) e a vítima.
O Triângulo do Drama: Vilão, Herói (Heroína) e Vítima

A Vítima

É aquela pessoa que se sente impotente. Ela acredita estar à mercê de circunstâncias externas, frequentemente pensando: “Por que isso sempre acontece comigo?”. Cria uma aversão à responsabilidade e tende a terceirizar essa responsabilidade para uma liderança (ou para outro setor). Dentro do seu julgamento, ele sempre acha que têm alguém o oprimindo. Estar nesse arquétipo te impede de pensar “as claras” e ter uma atitude mais proativa sobre o problema. Quem está nesse arquétipo fica preso ao sentimento de “coitado(a) de mim”.

O Vilão

O Vilão atribui a culpa. Seja para os outros ou para si mesmo, ele se concentra no que está errado, vendo o mundo através das lentes ranzinzas do julgamento e da crítica. “Se vocês me escutassem, nada disso teria acontecido”. Quando é alguém em posição de liderança, reduz a confiança das pessoas e não tem o time consigo. Lembram do filme “O Lobo de Wall Street”? É fácil imaginar os protagonistas nesse arquétipo, não é?

O Herói

O Herói intervém para “salvar o dia”, oferecendo soluções rápidas para fazer com que ele mesmo (e os outros) se sintam temporariamente melhor. Quantas vezes você já não assumiu esse arquétipo, fala a verdade? Quantas vezes você centralizou em você decisões que poderiam ser delegadas para o time? Assim você acaba inibindo o crescimento e accountability (responsabilização) do time, afinal de contas, é confortável ter um(a) chefe herói(na) que leve a culpa quando algo dá errado.

Como líderes, frequentemente navegamos por problemas e situações complexas, e, sem perceber, podemos assumir um desses arquétipos. Como se diz, ninguém é só luz ou só sombra. Todos temos nossos defeitos e qualidades. Mas o alerta que tenho trazido para alguns líderes e quero te provocar aqui é:

SERÁ QUE VOCÊ ESTÁ MORANDO DENTRO DO TRIÂNGULO DO DRAMA?

A intenção é que você reflita um pouco sobre o quanto têm se pego repetindo os anti-padrões do triângulo listados acima. E entender a correlação disso com o seu próprio desgaste pessoal.

Superando o Triângulo do Drama

Para sair do Triângulo do Drama, precisamos abraçar o que “The 15 Commitments of Conscious Leadership” chama de “Triângulo do Criador”. Este novo triângulo também tem três arquétipos:

Criador ao invés de vítima

Em vez de ver problemas como “fardos”, o criador os vê como oportunidades. Eu uso muito a expressão nerd (que mostra minha origem na TI) “transformar esse bug em uma feature”. Uma pessoa no arquétipo de criador, quando se depara com um problema, pergunta: “O que posso fazer para mudar esta situação?”.

Desafiador ao invés de vilão

Em vez de culpar, o perfil desafiador se concentra em feedback construtivo. Ele pergunta: “Como todos podemos crescer com isso? Como aprender com o que erramos para não precisarmos viver de novo o mesmo erro?”

Coach ao invés de herói

Em vez de entrar para salvar o dia, o Coach capacita os outros a encontrar suas próprias soluções. Isso pode significar encorajar sua equipe a pensar criticamente sobre um plano ou guiá-los através do processo de tomada de decisão que você seguiria, em vez de simplesmente fornecer todas as respostas. Já adianto que é preciso ter paciência, como liderança. Afinal, “se você resolvesse, estava feito mais rápido”.

Conclusão sobre o Triângulo do Drama

Libertar-se do Triângulo do Drama não é fácil, mas como líderes, é essencial se quisermos fomentar uma cultura de responsabilidade, respeito e colaboração.

Da próxima vez que você se encontrar em uma situação de alta pressão, reserve um momento para refletir: estou escorregando para o arquétipo de Vítima, Vilão ou Herói? Como posso mudar para ser um Criador, Desafiador ou Coach?

Lembre-se, a mudança começa com a consciência. Ao reconhecermos esses padrões em nós mesmos e em nossas equipes, podemos dar o primeiro passo para criar ambientes de trabalho mais saudáveis e consequentemente sermos melhores líderes.

E você, já identificou algum desses arquétipos em sua equipe ou em si mesmo? Como tem lidado com essas situações? Compartilhe suas experiências comigo! Será um prazer trocarmos ideias.

Até a próxima, e que possamos continuar evoluindo como líderes!

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Gabriel Soligo

Profissional apaixonado por tecnologia, com uma trajetória sólida no desenvolvimento web e design. Minha jornada começou como desenvolvedor web, criando sites e e-commerces na plataforma WordPress, sempre focado em entregar soluções eficientes e visualmente impactantes.

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